quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O Alvo Humano

“Quem sou eu?”, questiona o narrador na primeira frase. “Sou uma reputação. Sou uma fotografia granulada de um homem com dois buracos negros de bala no lugar dos olhos”.

Christopher Chance, o Alvo Humano, criação de Len Wein e Carmine Infantino, apareceu originalmente como coadjuvante em Action Comics, a revista de Superman, em dezembro de 1972. Basicamente, Christopher Chance era uma seqüela temporã de James Bond, suas histórias curtas traziam o charme dos filmes de espionagem, com muita ação e suspense. O que diferenciava Chance de outros heróis de sua estirpe é que ele era um guarda-costas e mestre em disfarces que oferecia às pessoas ameaçadas assumir sua identidade para, então, derrotar o inimigo.
O Alvo Humano estava destinado a ter vida longa, vindo a interagir em histórias de outros personagens e a aparecer em outras revistas da DC (a participação mais relevante foi na série Kobra, de 1976, escrita por Martin Pasko, com desenhos de Jack Kirby, Rich Buckler e Mike Nasser) no decorrer dos anos, tendo sido também, várias vezes, cogitada uma adaptação para cinema, mas tudo o que foi feito em live-action foi um seriado para TV, que durou dois anos, em 1990 / 1991.
Em seguida, o Alvo Humano hibernaria por um tempo, vindo a ressurgir espetacularmente em 1999, no selo Vertigo, inteiramente remodelado, numa versão onde a ousadia gráfica o projetou para o seleto elenco das obras-primas dos quadrinhos (a versão que está sendo agora editada pela Opera Graphica) e cuja violência explícita o aproxima do cultuado 100 Balas, de Brian Azzarello e Eduardo Rizzo — depois, o Alvo Humano estrelaria a graphic novel Final Cut, em 2002.

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